Semana Santa
Na
visão católica é também conhecida como Semana da Paixão, período entre o
Domingo de Ramos e o Domingo de Páscoa, que retrata o pagamento pelos pecados
do povo através da crucificação de Jesus Cristo. A comemoração da Páscoa ou a
ressurreição de Cristo chegou ao Brasil através dos portugueses por suas
tradições católicas, dando início a diferentes manifestações, que, com o passar
dos anos atingiu nossos dias de belezas audiovisuais.
Cabe
ressaltar que a palavra "Páscoa"
originou-se do termo hebraico "Pesach"
que significa passagem, que para os judeus traz como significado a passagem do
povo hebreu pelo Mar Vermelho junto a Moisés que fugiram do Egito e da
escravidão. Que para os judeus essa data marca o êxodo do Egito.
Segue
abaixo uma breve explicação sobre os dias que constituem a Semana Santa:
No Domingo de ramos são realizadas
celebrações religiosas como a procissão, onde os fiéis levam nas mãos ramos de
palmeiras ou oliveiras simbolizando a devoção a Jesus, realizam esta prática
devido a passagem que a bíblia conta da ida de Jesus até Jerusalém para
comemorar a páscoa judaica com seus discípulos, que entrando em Jerusalém
montado em um jumento foi recebido com ramos de palmeiras estendidos no chão
por onde passava e sendo aclamado pelo povo como o Messias (salvador).
A Segunda-feira santa comemora-se o
acontecimento em que Maria, irmã de Lázaro ungiu os pés de Jesus com um perfume,
devido a esta situação Jesus disse a Maria que ela havia se antecipado em ungir
seu corpo para a sepultura.
A Terça-feira santa celebra a data em que
o Cristo anunciou sua morte e que sofreria uma traição.
A Quarta-feira santa é a data em que
Judas trai Jesus para o chefe dos sacerdotes.
A Quinta-feira santa comemora-se a última
ceia do Cristo junto a seus apóstolos, que humildemente lavou os pés dos 12
apóstolos. Sendo neste dia, que o processo de traição havia concluído, onde
Jesus se dirige para o monte Getsêmani e preso pelos judeus.
Na Sexta-feira da paixão relembra o dia
em que Jesus é preso e crucificado, dia de sua morte.
O Sábado de Aleluia representa a espera
dos fiéis pela ressurreição de Jesus.
E o Domingo de Páscoa comemora-se o dia da
ressurreição de Jesus.
Devido
a esse breve resumo sobre a semana santa e as práticas realizadas no Brasil por
seus fiéis, podemos definir que faz parte do nosso folclore brasileiro, devido
aos costumes criados, tradições, lendas e causos.
As tradições do ovo e do coelho
Informações cedidas
pelo jornal Tribuna do Povo de Leopoldina-MG.
Ovos: O ovo simboliza o
nascimento, a vida que retorna. O costume de presentear as pessoas na Páscoa
com ovos ornamentados começou na antiguidade.
Coelhos: A tradição do coelho foi trazida por imigrantes alemãs
em meados de 1700. O coelhinho visitava as crianças, escondendo os ovos
coloridos que elas teriam de encontrar na Páscoa.
Chocolate: Em meados do século 16, acreditava-se que o chocolate
tinha propriedade afrodisíacas e dava poder e vigor. No século 20, os ovos de
Páscoa foram criados para reforçar o consumo de chocolate no mundo.
Pão e Vinho: O pão e o vinho simbolizam a vida eterna, o corpo e o
sangue de Jesus, oferecido aos seus discípulos na última ceia.
Costumes
Para
expressar melhor sobre os costumes na semana santa, Mario Lopomo conta alguns costumes que sua
família pregava durante a semana santa:
"Na semana Santa era de um respeito a
toda prova. Na sexta feira então, não se podia fazer nada. Jogar bola era estar
chutando a cabeça de Jesus, dizia minha mãe. Na sexta feira da Paixão do ano de
1951, meu pai e minha mãe foram ver a casa que estavam comprando no Brooklin
Novo. O negócio já estava fechado. Pegos de surpresa Seu Manoel e dona Yolanda
ficaram sem jeito, pelo fato de a casa estar toda desarrumada. Dona Yolanda se
desculpou com minha mãe: olha dona Orlinda a senhora me desculpe, mas hoje é
sexta Feira Santa e nós não fazemos nada nesse dia, nem a casa eu varri.
Comer carne na sexta feira santa nem pensar.
Coisa que perdurou por anos, porque não dizer séculos? Até que o Cardeal
Arcebispo de São Paulo, Don Paulo Evaristo Arns, nos anos 1980, achou que tinha
que liberar a carne, para que muita gente não ficasse privada de comer por não
ter outra opção. Mas ai ficou a tal superstição. Será que como ou não? Os mais
fanáticos ficaram na dúvida. Se eu comer, irei para o inferno?"
Tradição da malhação de Judas[1]
Com a chegada do Sábado de Aleluia,
várias cidades costumavam ou costumam confeccionar bonecos em tamanho natural,
sempre em formato de um homem, com vestes masculinas e corpo composto por
serragem, pano ou palha. A face do boneco sempre representando tristeza e
muitas das vezes comicidade, assim, as pessoas que confeccionam estes bonecos muitas das vezes fazem o boneco parecido com alguma pessoa que se mantém em algum cargo político.
É
costume antigo fazer-se o julgamento de Judas, sua condenação e execução, que
tradicionalmente acontece ao meio dia. Antes do suplício, alguém lê o "testamento"
de Judas, em versos, colocado especialmente no bolso do boneco. O testamento é
uma sátira das pessoas e coisas locais, com graça oportuna e humorística para
quem pode identificar as figuras alvejadas.
Fotografia de Sérgio Lima retirada do jornal Folha de São Paulo. |
"Sentimos
falta dessa manifestação no período da Semana Santa, muitos nem lembram, ou
comentam sobre essa brincadeira que divertia e diverte a criançada nas
comunidades interioranas do Brasil. Principalmente na quinta-feira e
Sexta-feira Santa. O ápice sempre é no Sábado de Aleluia, onde a garotada com
paus, batem nos bonecos e aniquilam por completo o boneco que representa Judas
Iscariotes. Em algumas cidades, queimam por completo o manequim feito com tanto
capricho pela comunidade, para não deixar passar em branco a velha tradição.
Lamentável
constatarmos um desinteresse de várias cidades brasileiras em manter vivas
algumas tradições. A nossa identidade cultura é algo muito importante." Disse Ginaldo Santos.
[1]SANTOS, Ginaldo. A
Semana Santa e algumas tradições. Que não cheguem ao fim. Alanorte Notícias.
(2016). Disponível na internet:< http://alanortenoticias.com.br/norteando-a-cultura/80/a-semana-santa-e-algumas-tradicoes-que-nao-cheguem-ao-fim>.
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