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quarta-feira, 28 de março de 2018

Semana Santa

Semana Santa



Na visão católica é também conhecida como Semana da Paixão, período entre o Domingo de Ramos e o Domingo de Páscoa, que retrata o pagamento pelos pecados do povo através da crucificação de Jesus Cristo. A comemoração da Páscoa ou a ressurreição de Cristo chegou ao Brasil através dos portugueses por suas tradições católicas, dando início a diferentes manifestações, que, com o passar dos anos atingiu nossos dias de belezas audiovisuais.
Cabe ressaltar que a palavra "Páscoa" originou-se do termo hebraico "Pesach" que significa passagem, que para os judeus traz como significado a passagem do povo hebreu pelo Mar Vermelho junto a Moisés que fugiram do Egito e da escravidão. Que para os judeus essa data marca o êxodo do Egito.
Segue abaixo uma breve explicação sobre os dias que constituem a Semana Santa:
No Domingo de ramos são realizadas celebrações religiosas como a procissão, onde os fiéis levam nas mãos ramos de palmeiras ou oliveiras simbolizando a devoção a Jesus, realizam esta prática devido a passagem que a bíblia conta da ida de Jesus até Jerusalém para comemorar a páscoa judaica com seus discípulos, que entrando em Jerusalém montado em um jumento foi recebido com ramos de palmeiras estendidos no chão por onde passava e sendo aclamado pelo povo como o Messias (salvador).
A Segunda-feira santa comemora-se o acontecimento em que Maria, irmã de Lázaro ungiu os pés de Jesus com um perfume, devido a esta situação Jesus disse a Maria que ela havia se antecipado em ungir seu corpo para a sepultura.
A Terça-feira santa celebra a data em que o Cristo anunciou sua morte e que sofreria uma traição.
A Quarta-feira santa é a data em que Judas trai Jesus para o chefe dos sacerdotes.
A Quinta-feira santa comemora-se a última ceia do Cristo junto a seus apóstolos, que humildemente lavou os pés dos 12 apóstolos. Sendo neste dia, que o processo de traição havia concluído, onde Jesus se dirige para o monte Getsêmani e preso pelos judeus.
Na Sexta-feira da paixão relembra o dia em que Jesus é preso e crucificado, dia de sua morte.
O Sábado de Aleluia representa a espera dos fiéis pela ressurreição de Jesus.
E o Domingo de Páscoa comemora-se o dia da ressurreição de Jesus.

Devido a esse breve resumo sobre a semana santa e as práticas realizadas no Brasil por seus fiéis, podemos definir que faz parte do nosso folclore brasileiro, devido aos costumes criados, tradições, lendas e causos.

As tradições do ovo e do coelho
Informações cedidas pelo jornal Tribuna do Povo de Leopoldina-MG.

Ovos: O ovo simboliza o nascimento, a vida que retorna. O costume de presentear as pessoas na Páscoa com ovos ornamentados começou na antiguidade.
Coelhos: A tradição do coelho foi trazida por imigrantes alemãs em meados de 1700. O coelhinho visitava as crianças, escondendo os ovos coloridos que elas teriam de encontrar na Páscoa.
Chocolate: Em meados do século 16, acreditava-se que o chocolate tinha propriedade afrodisíacas e dava poder e vigor. No século 20, os ovos de Páscoa foram criados para reforçar o consumo de chocolate no mundo.
 Pão e Vinho: O pão e o vinho simbolizam a vida eterna, o corpo e o sangue de Jesus, oferecido aos seus discípulos na última ceia.


Costumes

Para expressar melhor sobre os costumes na semana santa,  Mario Lopomo conta alguns costumes que sua família pregava durante a semana santa:

"Na semana Santa era de um respeito a toda prova. Na sexta feira então, não se podia fazer nada. Jogar bola era estar chutando a cabeça de Jesus, dizia minha mãe. Na sexta feira da Paixão do ano de 1951, meu pai e minha mãe foram ver a casa que estavam comprando no Brooklin Novo. O negócio já estava fechado. Pegos de surpresa Seu Manoel e dona Yolanda ficaram sem jeito, pelo fato de a casa estar toda desarrumada. Dona Yolanda se desculpou com minha mãe: olha dona Orlinda a senhora me desculpe, mas hoje é sexta Feira Santa e nós não fazemos nada nesse dia, nem a casa eu varri.
Comer carne na sexta feira santa nem pensar. Coisa que perdurou por anos, porque não dizer séculos? Até que o Cardeal Arcebispo de São Paulo, Don Paulo Evaristo Arns, nos anos 1980, achou que tinha que liberar a carne, para que muita gente não ficasse privada de comer por não ter outra opção. Mas ai ficou a tal superstição. Será que como ou não? Os mais fanáticos ficaram na dúvida. Se eu comer, irei para o inferno?"

Tradição da malhação de Judas[1]

Com a chegada do Sábado de Aleluia, várias cidades costumavam ou costumam confeccionar bonecos em tamanho natural, sempre em formato de um homem, com vestes masculinas e corpo composto por serragem, pano ou palha. A face do boneco sempre representando tristeza e muitas das vezes comicidade, assim, as pessoas que confeccionam estes bonecos muitas das vezes fazem o boneco parecido com alguma pessoa que se mantém em algum cargo político.
 É costume antigo fazer-se o julgamento de Judas, sua condenação e execução, que tradicionalmente acontece ao meio dia. Antes do suplício, alguém lê o "testamento" de Judas, em versos, colocado especialmente no bolso do boneco. O testamento é uma sátira das pessoas e coisas locais, com graça oportuna e humorística para quem pode identificar as figuras alvejadas.

Fotografia de Sérgio Lima retirada do jornal Folha de São Paulo.
"Sentimos falta dessa manifestação no período da Semana Santa, muitos nem lembram, ou comentam sobre essa brincadeira que divertia e diverte a criançada nas comunidades interioranas do Brasil. Principalmente na quinta-feira e Sexta-feira Santa. O ápice sempre é no Sábado de Aleluia, onde a garotada com paus, batem nos bonecos e aniquilam por completo o boneco que representa Judas Iscariotes. Em algumas cidades, queimam por completo o manequim feito com tanto capricho pela comunidade, para não deixar passar em branco a velha tradição.
Lamentável constatarmos um desinteresse de várias cidades brasileiras em manter vivas algumas tradições. A nossa identidade cultura é algo muito importante." Disse Ginaldo Santos.

[1]SANTOS, Ginaldo. A Semana Santa e algumas tradições. Que não cheguem ao fim. Alanorte Notícias. (2016). Disponível na internet:< http://alanortenoticias.com.br/norteando-a-cultura/80/a-semana-santa-e-algumas-tradicoes-que-nao-cheguem-ao-fim>.

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